No coração de Barcelona, o tribunal vive dias intensos com o julgamento de Daniel Alves. Acusado de agressão sexual, o caso do jogador ganhou novos contornos nesta terça-feira, quando amigos próximos e sua esposa, Joana Sanz, prestaram depoimentos cruciais. Revelações sobre o consumo excessivo de álcool por parte do atleta na noite do incidente surgiram, adicionando mais camadas a uma narrativa já complexa.
Segundo relatos, o dia se estendeu da tarde à madrugada com muito consumo de álcool que terminou nas dependências da boate Sutton. Joana Sanz descreveu uma volta para casa tardia de Alves, destacando seu estado de embriaguez avançado.
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Passou o dia aí e voltou era quase 4 da manhã. Voltou muito bêbado, fedendo a álcool. Bateu no armário e caiu na cama
Joana Sanz
Os testemunhos dos amigos reforçaram essa versão, detalhando a quantidade de álcool consumida.
Exatamente não lembro, mas foi bastante porque ficamos desde 14h30 até 1 da manhã, então bebemos muito. Eu diria que pedimos umas cinco garrafas de vinho, uma de uísque. Thiago não bebe, Bruno bebe pouco, então eu e Daniel bebemos muito. Pedimos quatro drinks de gin tônica. Ele tinha bebido bastante
Ulisses, amigo de Daniel Alves
O julgamento, presidido pela juíza Isabel Delgado Pérez, avança com a atenção voltada para as próximas etapas, que incluem a apresentação de provas e documentos. No entanto, a defesa de Daniel parece preparar o terreno para uma nova abordagem, sugerindo que o jogador não tinha plena consciência de seus atos devido ao estado de embriaguez.
Esse argumento levanta questões não apenas sobre o caso em si, mas também sobre as implicações de tal defesa em situações de agressão sexual. Com a expectativa de que Daniel Alves faça sua declaração final na quarta-feira, todos os olhos estão voltados para o tribunal, aguardando os próximos desdobramentos.
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A pena de Daniel Alves
Daniel Alves permanece em custódia desde 20 de janeiro de 2023, após ter seus pedidos de soltura provisória rejeitados pela Justiça espanhola, que argumentou haver um risco de fuga para o Brasil. Dessa forma, o Ministério Público espanhol solicita uma pena de nove anos para o jogador, enquanto os representantes da vítima, cuja identidade é mantida em sigilo, exigem a pena máxima de 12 anos para a infração.